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Práticas familiares que podem ser adquiridas durante o período de distanciamento social.

  • Foto do escritor: Karla Fabiana Benthien Potier  - Psicóloga
    Karla Fabiana Benthien Potier - Psicóloga
  • 18 de mai. de 2020
  • 8 min de leitura

1-Estabelecer Rotina O estar à vontade em casa é muito gostoso e confortável. Mas como esse é um período maior do que aquele que estamos acostumados é importante estabelecer uma rotina diária para organizar nosso tempo e sermos produtivos. O planer visual, post its, cronogramas, listas, gera preparo para a ação, segurança e organização. No caso das crianças é mais funcional se os pais ou adultos puderem supervisionar garantindo o cumprimento de regras. A rotina ajuda a internalização da mesma para que depois de alguns dias cada um possa se organizar-se sozinho no cumprimento de suas obrigações. 2. Alimentação adequada O intestino é responsável por produzir grande parte dos neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar, como a serotonina. Por tanto cuide bem dele com uma alimentação saudável. Procure ter uma alimentação variada e em horários regulares. Evite açucares e gordura que geram energia imediata e que se não for utilizada serão estocadas como forma de reserva, pois num momento de estresse o corpo muitas vezes entende que precisa estocar para o caso de sobrevivência. Pesquise sobre vitaminas e sais minerais necessários a boa disposição. Os que contêm triptofano, ajudam na produção de serotonina e dopamina, hormônios do bem-estar. Por exemplo: Linhaça, queijo tofu, semente de abóbora, chocolate amargo, banana, leguminosas, ovo, lentilha e peixes. 3- Não ceder a birras. “Não aguento choro, para meu filho ficar quieto dou balas, pirulitos, e assim ele se distrai”. Pirulito bala e mamadeira para a criança se acalmar, estão servindo de condicionamento onde a criança vai aprender pode ter aquilo que quer na hora que quer, podem fazer trocas de obrigações por prazer, e no futuro se baseará na gratificação imediata para alívio de seu mal-estar, ou de sua frustração. Se for essa gratificação na comida poderá inclusive levar à obesidade. Pior se a gratificação prazerosa for em coisas ilícitas. A criança precisa ter frustrações, limites e entender que existem fronteiras a serem respeitadas, pois isso a preparará para o que vai enfrentará quando crescer, e não terá num primeiro momento tudo o que deseja. Isso também educar: Adiar gratificações imediatas, entender que nem todo comportamento precisa de recompensa, é gratificado. Os doces podem ser fonte de energia rápida, por isso não devem ser consumidos à noite, devido ao estoque de açúcar (glicose) que se transformará em gordura (lipídios). Pode ser usado como sobremesa, em pouca e variedade, quantidade e de preferência com valor nutritivo como o chocolate.

4- Tome sol e respire ar puro. Tome 20 minutos de sol, sem a necessidade de protetor. O sol produz vitamina D, a qual o corpo não produz sozinho e ela ajuda na disposição e na imunidade. Ao ar livre inspire e expire calmamente sentindo o ar. Observe a natureza ao seu redor.Deixe sua casa ventilada. Aromatize o ar de dentro de casa com ramos de alecrim, hortelã, lírio, alfazema.

5- Sua casa suas regras, mas não exagere na cobrança Nada como um bom diálogo para acordar o que é viável e o que não durante esse convívio familiar. Acredite que você é capaz de administrar suas emoções e seus pensamentos e deve administrar e é modelo para os que estão ao seu redor. “ Faça o que eu digo, mas não faça o que faço”, não gera resultados. Autoritarismo pode gerar obediência e disciplina momentâneas, mas orientações e exemplos geram comprometimento, responsabilidade, autonomia. 6- Coloque limite no uso de eletrônicos. O prazer não pode virar de dependência! Excesso de exposição a telas digitais, proporcionam alterações significativas no funcionamento cerebral e até mesmo na anatomia cerebral. No cerebelo e tronco encefálico, existe uma estrutura chamada área tegmental ventral central (no mesencéfalo); e é uma área que produz o neurotransmissor dopamina, o gaba e glutamato excitatórios, que passa a circular no cérebro gerando sensações de prazer. O sistema límbico o centro do prazer e da recompensa ficam superativados, porém é necessário um controle dessa área, e a ativação da área frontal. Com o tempo o cérebro vai aumentando a tolerância sendo necessário cada vez mais tempo de exposição ao estímulo para se gerar o mesmo prazer que antes era encontrado em pouco tempo. (*Baseado no vídeo do Dr. Paulo Liberalesco) Por tanto é extremamente necessário a ativação do neo córtex ou córtex pre frontal e evoluído, o qual é responsável pela inibição de impulsos, pelo controle da necessidade de gratificação imediata, pelo controle na tomada de decisão, pelo planejamento. Mas como ativar essa área? OFERECENDO LIMITE EXTERNO! DETERMINE UMA QUANTIDADE DE TEMPO DE EXPOSIÇÃO A ELETRÔNICOS, SEJAM JOGOS, PESQUISAS, FILMES. Fragmente esse tempo em quantidades de vezes por dia. Coloque um despertador para marcar uma hora de uso, faça um intervalo de 15 a 30 minutos entre uma partida e outra. A voz dos pais, no caso do usuário ser criança, se faz imprescindível nesse processo. É ela que treinará o desenvolvimento de limite e o treinamento das habilidades de autocontrole entre o princípio de prazer e de realidade. Lembrando que antes de dormir os eletrônicos devem ser desligados, propiciando a diminuição da descarga elétrica das sinapses neurais. É preciso que a enxurrada de hormônios como adrenalina seja diminuída para que a pessoa possa entrar no sono REM. (Rapid Eyes Movement). O qual é imprescindível para a organização e seleção de informações de vida diária, a consolidação de memórias significativas e o aprendizado. A falta de sono acarretará ainda outros prejuízos os quais poderemos conversar num próximo momento. Descubra ou mostre ao jogador outras possibilidades do que fazer, oportunize outras possibilidades de distração, convide-o a interagir. Não use o jogo eletrônico a favor de seu comodismo ou zona de conforto, a saúde mental pode custar caro. 7- Leia bons livros É importante desenvolver a leitura, para estimular a área cerebral da atenção linguagem a qual ativa o racional, a flexibilidade cognitiva e diversos tipos de memória. A leitura favorece a consciência crítica de mundo, a 8. Divisão de tarefas Nesse período quando muitas pessoas da família estão juntas na mesma casa, é natural que a bagunça aumente, pois cada um tem seu jeito de ser. No entanto é o momento adequado ao estímulo da percepção de convívio e de que a liberdade termina onde começa a do outro. É hora do aprendizado, da heteronomia mas da autonomia, empatia e colaboração principalmente. Caiu,junte. Abriu, feche. Derramou, seque a ssim por diante. Todos devem ter seus papéis colaborativos na manutenção da casa e desempenhá-los.Onde há um sobrecarregado, é por que há um ou mais folgados. 9. Cada um precisa de um momento para si mesmo. Procure compreender e discernir a necessidade de privacidade de cada um dos que estão em confinamento, do filho adolescente, da criança, do esposo, da esposa. Reserve um momento só para você. Faça a sós leitura, música, caminhada (com máscara), carro, artesanato, consertos, filmes, baralho, drink, bicicleta, rede virtual com amigos, cursos online, lives, notícias, aplicativos, beleza, higiene pessoal...A privacidade fortalece a essência de cada um e o prepara para compartilhar e conviver melhor. Se estou feliz, consigo ajudar o outro a encontrar sua felicidade . 10. Investimento no relacionamento de casal O casal precisa ter momentos ou trocas que permitam o fortalecimento do amor conjugal. Frente a necessidade de distanciamento social tornou-se restrito atividades de lazer fora de casa. Então é importante usar a criatividade e a iniciativa para pensar possibilidades de se reaproximar. Preparar um jantar temático, ver um filme romântico, ver fotos antigas...

11. Invista nas manifestações de amor. É importante observar e descobrir qual a linguagem do amor do outro. Cada um tem uma forma diferente de se sentir amado, por meio de elogios, de reconhecimento, admiração, tempo de qualidade, surpresas... A frase eu faço para o outro o que eu gostaria que fizessem para mim, pode não surtir o efeito desejado pelo fato do outro não ser igual a mim. Assim é importante ter a sensibilidade para perceber ou perguntar o que faz o outro se sentir feliz na relação e flexibilizar suas atitudes. 12. Invista no momento da família unida A interação entre os membros da família pode acontecer de diversas formas e em locais diferentes. Invente um piquenique na sala ou no jardim, faça uma cabana, uma horta, um origami, café da manhã, jantar temático, teatro dos pais para os filhos, encenação dos filhos para os pais, filmes, piadas, jogos de tabuleiro, fotos, quebra cabeça, arte. Os pais podem revezar de quem será a vez de brincar com a criança ou de contar histórias. Os dois pais podem juntos brincar com a criança. A criança pode brincar sozinha e aprender a usar sua criatividade e mundo imaginário. É legal brincar ao ar livre, fazer olhas de sabão, alvo, cubo mágico, cilada, pintura, argila, artesanato. Irmãos podem brincam juntos, fazer esportes, caça ao tesouro, jogos de tabuleiro, softwares, desafios, boliche. 13. Não crie novos problemas. Não implique com pequenas coisas. Não é hora para desgaste emocional com picuinhas, com sapatos virados pela casa, com um copo sobre a pia, sobre a carne mal ou muito passada. A única coisa que você pode fazer nesse momento é rever as suas prioridades, pois nada mais faz muita diferença quando você se depara face a face com a morte.


14.Desfoque do negativo. Vibre positivo Não se apavore com uma versão do apocalipse, há mais um semestre para lutar pela frente. Não para recuperar mas para conquistar. Para começar melhor. Ofereça teu melhor ao outro. Ofereça palavras de amor, de elogio e segurança a amigos distantes, a parentes. 15.Compartilhe o afeto Esteja atento as expressões ou oscilações emocionais de seus familiares, conforte, acalme, entusiasme, seja otimista. Se precisar peça ajuda, fale, expresse, não grite. Diga eu te amo, demonstre afeto, seja acolhedor. Diga a verdade com carinho, sem alarde, sem catastrofização. De mais do que quer receber. Pessoas estão ávidas por carinho, por acolhimento, por serem valorizadas e novamente pertencer. As relações ainda existem, mesmo que a distância, mas você não está sozinho. Todos estão lutando, não só você.

16. Seja um modelo de resolução de conflitos Esse confinamento em casa, com sua família, é uma oportunidade especial para demonstrar aos filhos sua capacidade de enfrentar dificuldades, problemas e servir de modelo para o como ele irá enfrentar os problemas que surgirem em sua vida.

17. Evitar excesso de informações e discussões políticas Bombardeios de informações constantes, desencadeando emoções negativas, ameaçando e ampliando quadros patológicos e psicossomáticos devido a um turbilhão de emoções desencadeadas de uma só vez.

18. Desenvolver empatia e competências sócio emocionais É momento ideal para desenvolver a empatia, a compaixão, a descoberta de seu papel ou missão no mundo. Com certeza muitos precisam da ajuda de uma das suas habilidades. Partilhe o que você tem de virtudes, conhecimentos.

19.Respeito a hierarquia familiar. Seu filho adolescente pode ter a opinião dele não o chame de burro, ou que não sabe de nada. O pai não precisa impor suas crenças, pode ouvir. O filho não deve imaginar que vai mudar a forma de ser do pai. Evite brigas pelo poder, acusações, culpabilização.

20. Valide a importância do pertencimento Valide a importância e a força da coletividade, do pertencimento a uma família, a uma sociedade, a um sistema de regras de valores. Incentive o companheirismo, solidariedade, generosidade em você mesmo ou no outro.

21. Respeite a fase de vida e o temperamento de cada um É inútil imaginar ou querer que todos reajam a mesma forma diante a adversidade. A crise pode ser a mesma para todos, mas o que cada um fará dela e como a utilizara será diferente. É importante que reflita como está se posicionando, como criança ou como adulta? Procure agir e enfrentar a situação difícil pela qual estas passando como adulto. Cuide de sua criança interior se ela quiser gritar de medo, de solidão, de rejeição, de não reconhecimento ou de tédio. Diga a ela que você é forte e vai acolhe-la e logo estarão mais fortes juntos.

22. Procure conhecer as pessoas que convivem com você Nas expressões faciais, no corpo, na forma de vestir, de conversar, importe-se com a forma que o outro pensa, pergunte, simule situações para conhecer o que pensa e argumenta sobre aquele fato. A troca e a relação são de muito aprendizado.

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