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COVID 19 – Além da doença física

  • Foto do escritor: Karla Fabiana Benthien Potier  - Psicóloga
    Karla Fabiana Benthien Potier - Psicóloga
  • 19 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

No momento atual, a pandemia causada pelo Corona vírus, COVID-19, vem sendo uma ameaça a vida física não apenas pelo desconhecimento cientifico para prevenção, seja pela falta de remediação e cura, como pela rápida velocidade de contágio, e possibilidade de morte principalmente em grupos de risco.


Muitos estão em sofrimento pelos sintomas ocasionados pelo vírus no corpo físico , como mal-estar, febre, falta de ar e risco de vida, mas também pela possibilidade de perda de seus familiares próximos e por perceber a fragilidade de sua própria vida, independente de condições econômicas.


Uma vez que o ser humano é integrado, corpo e mente e espírito, há um outro tipo de sofrimento que está presente nessa pandemia. Não menos doloroso que a dor física é o sofrimento psíquico. Por isso como neuropsicologia clinica vejo como fundamental trazer uma visão mais abrangente sobre saúde, uma vez que essa é multidimensional, bio-psicoemocional e sócio cultural.


Dentro de uma visão holística, sistêmica e integrada sobre saúde existe uma inter-relação entre corpo e mente, assim a saúde mental não pode receber menos atenção. Sem a saúde mental e psíquica, não se consegue acionar recursos cognitivos e emocionais para enfrentar a insegurança, incerteza, impotência e vulnerabilidade, provindos do preventivo distanciamento social, da falta de remédio e vacina no combate à doença, da possibilidade de perda de um ente querido, da desestrutura social, política e econômica do país.


No campo psicológico a pandemia trouxe a ativação de uma emoção básica e instintiva e primitiva de sobrevivência: o medo, o qual vem crescendo exponencialmente na maior parte da população. Assim é relevante explicar como o sistema bioquímico dessa emoção funciona, frente a esse perigo e como podemos reagir naturalmente sem agravar a situação.


No entanto mais do que o medo instintivo surge o medo fundado por instancias psíquicas, fazendo com que a crise pandêmica seja vivenciada de maneiras diferentes por cada pessoa, conforme a formação de seu mundo intrapsíquico desde as experiências no útero materno, até a infância. Tais experiências é que formaram traços de caráter de cada um, as quais acionarão tipos diferentes de medos, emoções, construções mentais, estilos de explicação de fatos, esquemas de pensamentos, padrões comportamentais e modelos de enfrentamento que direcionarão a forma como cada pessoa agirá nesse momento de crise.


De acordo então com as experiências e traços de cada pessoa poderá ser acionado o medo da pobreza ou da escassez, provinda de um pressuposto desastre econômico que pode ser gerado pelas medidas preventivas de fechamento ou restrição comercial ou industrial. Para outros pode acionar o medo do abandono, pela possibilidade da perda de um ente querido causada pela doença em massa, e ainda para outros será resgatado o medo da rejeição e não pertencimento ativado pela possibilidade iminente do desemprego, ou o medo de impotência e falta de controle perante o desconhecido. (Para agravar ainda mais esse medo vem sendo intensificado ou utilizado em alguns casos como massa de manobra midiática e política. Muitas informações vêm sendo distorcidas, omitidas ou generalizadas gerando ainda mais incerteza).


Enfim, a forma intrapsíquica de lidar com o medo revelará a qualidade com que cada um irá enfrentar a atual situação. Se não houver equilíbrio pode haver maior prejuízo na qualidade de vida, agravar casos de transtornos psiquiátricos como ansiedade, pânico, depressão, fobias, compulsões, paranoias, suicídios assim como o surgimento de doenças psicossomáticas ou que estavam ocultas devido a baixa imunológica decorrente do excesso de medo e estresse.

Assim é indispensável nesse momento, a participação de psicólogos contribuindo na Saúde Mental e Psíquica, trazendo:


Esclarecimento, identificação e discernimento do que é :

· Natural e instintivo,

· Psicológico ou construção mental

· Preocupação necessária ou antecipação negativa

· Realismo, Pessimismo e Otimismo


E apontar possibilidades de:

· Manejo e regulação das emoções ,

· Reciclagem ou reestruturação de pensamentos e comportamentos disfuncionais.

· Delinear novas formas de sentir, agir e pensar

· Novos modelos de enfrentamento

· Alívio e bem estar

· Contribuição Social

· Reconstrução de um novo mundo.

“Cuide da mente e estará cuidando do corpo. Cuide do corpo e estará cuidando da mente.”

 
 
 

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