top of page
  • Foto do escritorKarla Fabiana Benthien Potier - Psicóloga

Tudo sobre dependência emocional


Na live “Dependência Emocional” – Como se libertar a psicóloga Karla Benthien Potier e a trainer especialista em mulheres Renata de Paula, baseadas numa visão abrangente como psicologia social, psicanálise, cognitivo comportamental, e adleriana, falaram sobre:

Características de um dependente emocional.

· Precisa sempre consultar os outros para fazer escolhas e tomar decisões.

· Fica muito inseguro se discordam de você ou não recebe aprovação e reconhecimento por seus esforços.

· Não consegue ficar sozinho consigo mesmo na maior parte das vezes, sentindo-se abandonado ou rejeitado

· Se sente mais especial e merecedor de tempo, atenção, amor e elogios constantes.

· Na maior parte das vezes abre mão de suas escolhas em prol das escolhas dos outros para sentir-se pertencente ou gostado.

Esquemas de um dependente emocional

· Baixa tolerância ao sofrimento e vulnerável a dor - Lei do mínimo esforço, comodismo, medo de mudança, apego ao passado como conhecido e segurança. Dificuldade de renunciar ao que gosta e de sacrificar o prazer imediato pelo bem estar a longo prazo. Não querer sofrer as perdas necessárias na relação, para crescer e se individuar. Aguento tudo

· Baixa tolerância a frustração - Desejo e percepção de que o mundo gira ao seu redor, do seu sofrimento, das suas vontades. Incapacidade de admitir que não pode, não aceita que o amor foge ao seu controle e não pode ter a mãe para sempre, não aceita que o amor pode fugir aos eu controle. O outro tem que me amar. Se o outro escapa ao seu controle enlouquece, não se conforma.

· Ilusão de permanência. Daqui até a eternidade. A dependência do provedor garante o meu abastecimento desde bebe e para sempre.

Os tipos de dependência emocional, esquemas mentais, padrões de pensamento disfuncionais e os tipos de medo do dependente emocional.

As pessoas podem ser dependentes de necessidades diferentes, em ordens e intensidades diferentes.

A) Dependente de segurança.

Esquema: Não sou capaz de cuidar de mim mesma sozinha, me sinto indefesa ou desamparada. O mundo é perigoso.

Origem: Superproteção

Medo: do desamparo

Consequência: COdependência, cuido do outro com o que tenho e posso, assim me grudo na vida dele para não ter que dar conta da minha vida. Fico sempre na casa dos pais até a vida adulta e digo que isso é para cuidar dos meus pais, pois tenho medo de não conseguir dar segurança a mim mesma.

Fase: gestação, nascimento, primeiros anos de vida. Fase oral.

B) Dependente de estabilidade e de confiabilidade.

Esquema: Se a relação fracassar ou romper, se eu não fizer o que querem, eu não conseguirei segurança. Hipersensibilidade a rejeição. Sei que me abandonará, não é confiável, constante, previsível, perseverante na relação.

Origem: Provavelmente essa pessoa sofreu traição e quer manter o objeto de amor a qualquer preço. A traição começa na infância quando um dos pais usava a criança para segurar o casamento. Ou como o sentimento de meu pai é meu e está traindo meu amor com minha mãe, pois gosta mais dela. Relacionamento dos pais instável.

Medo: Da rejeição e solidão.

Consequência: Amar quem lhe ama e não quem ama. Aceita tudo em nome da estabilidade. Violência doméstica por exemplo. Ou tem sempre uma carta na manga.

Fase: anal, latência, genital

C) Dependência de manifestação de afeto.

Esquema: Não sou desejável, tenho medo do desamor. Só sou amada se me demonstram isso, pois não fica claro.

Origem: insegurança devido a demonstração de amor insuficiente ou ambígua de ambas as partes.

Medo: De não ser amada

Consequência: Baixa auto estima, não se gosta por que os outros não a gostam. Mas tem bom conceito de si apesar disso.

Fase: Oral ou genital

D) Dependência de admiração e reconhecimento e adulação:

Esquema: Sei que sou amado pelo amor fraternal e familiar, mas não sou reconhecido ou admirado por nada que eu faço.

Origem: Poucas palavras de afirmação e de valorização e de elogios valorosos a suas virtudes na infância. Nada além de bonito e inteligente. Quando poderia ser de esforçado, habilidoso.

Medo : de ser inútil, insignificante, sem valor no mundo, sem vocação, sem saber fazer nada.

Consequência: Baixo autoconceito

Fase: Latência, genital ou idade escolar

Influenciadores da dependência emocional:

· Família, escola e religião disfuncionais negligentes ou abusivas.

Respostas de enfrentamento

· Hipercompensação

· Evasividade

· Resignação

Há uma natureza biológica sempre tentando se adaptar ao sistema constantemente e assim vai se formando a identidade, regida por esse sistema. Há que se chegar um momento que a pessoa perceberá que nem tudo consegue corresponder, fugir ou negar, o que geralmente ocorre na adolescência, quando se darão as crises de identidade. Ou na adolescência tardia nas crises de meia idade ou de ninho vazio. Onde então as pessoas precisam recorrer a seu interior e para isso precisam da ajuda de mentoria, psicólogos onde possam se encontrar com seu eu.

Origens e causas da dependência emocional: biológicas, sociais, psicológicas, e cognitivas.

Origem neurobiológica

Neurobiologicamente falando a dependência emocional é como um vício, devido a incapacidade, que a pessoa dependente de alguém ou algo externo, tem de abrir mão do que quer ou de adiar a satisfação de suas próprias VONTADES, DESEJOS ou NECESSIDADES IMEDIATAS e do prazer.

O ser humano tem um sistema cerebral de recompensa que lhe dá a capacidade de reconhecer sensações de prazer e de satisfação para motiva-lo a buscar alimento ou sexo por exemplo e garantir a sua sobrevivência e a propagação da espécie.

O que acontece no caso da dependência emocional é que esse sistema de recompensa não foi bem modulado ao longo do desenvolvimento, devido à falta ou excesso de estímulos externos, para a produção ou regulação de dopamina nos circuitos tegmentais ventrais e do córtex pré-frontal, responsáveis pelo controle e satisfação dos desejos e vontades.

Em algum momento da vida ficou gravado um circuito de necessidade de satisfação imediata, e se não a tiver, sente que perderá a vida, precisando assim de cada vez mais satisfação, em um curto período de tempo, o que pode gerar o vício. Ou então pode ficar gravado o senso de necessidade de adiamento ao máximo da satisfação como forma de reserva para casos extremos. A solução para esse descompasso é “orientar” os circuitos neurais a fazerem novos caminhos, experimentando outras formas de prazer que não aquela a qual está acostumado.

No caso de comida substituir o prazer de um chocolate pelo reconhecimento de um novo prazer como uma fruta. No caso da dependência do amor ou prazer proporcionado apenas pela presença de um outro, por elogios, reconhecimentos, adulações e utilidades, substituir pelo prazer de descobrir novos pequenos prazeres individuais, autodescoberta, autoconhecimento e amor próprio.

Origens sociais

As pessoas entram no mundo, num estado de completa impotência e de vulnerabilidade, dependendo de um progenitor, inicialmente a mãe que lhe de cuidados básicos como alimentação, proteção física, afetiva, higiene, saúde etc. Aos poucos o pequeno ser cresce e vai desenvolvendo expressões, como o choro por exemplo, para expressar suas necessidades. A natureza biológica o direciona a aprender a falar para se comunicar melhor, a engatinhar e andar sozinho para explorar o mundo ao seu redor, a ter reações automáticas e involuntárias para defender-se do que lhe ameaça. Enfim o indivíduo vai desenvolvendo sua própria autonomia e inconscientemente tentando se defender ou se livrar daquele estado de impotência e vulnerabilidade, o qual nasceu.

Porém há interferentes do meio que atuam nessa prédisposição biológica para a vida e a independência. Além de simplesmente sobreviver, o ser humano traz em sua bagagem o senso social de coletividade e pertencimento, o que garante a sua sobrevivência se tiver alguém para protege-lo nos primeiros anos de vida.

A forma e a qualidade como esse novo ser é atendido e acolhido em suas necessidades básicas de pertencimento, aprovação, segurança, amor, variedade de estímulos, significância, contribuição é que constituirá o desenvolvimento de seu estar e ser no mundo.

Assim a dependência inicialmente é algo necessário e natural porém sua extensão para a vida adulta e está relacionada as necessidades básicas infantis não atendidas ou atendidas em excesso. Está relacionada ao APEGO INSEGURO OU EXCESSO DE APEGO nos primeiros anos de vida, ou desde o útero materno, necessidade a qual permanecerá na vida adulta para tentar evitar, negar ou compensar o medo e lembrança da dor, do abandono, da rejeição ou da privação.

O excesso

Quando a criança começa a andar e desenvolver sua coordenação viso espacial e sensório motora por volta de 1 ano, logo terá controle dos esfíncteres, e também o controle motor fino para alimentar-se comer sozinha. Mas algumas manterão um senso de dependência dos cuidadores pela superproteção dos mesmos, que muito as seguram no colo, não as permitem cair, fazer lambuseira ou se quer as incentivam. Porque se estabeleceu a cultura da rapidez, da praticidade ou da terceirização de cuidados. Ao crescerem, muitas nem precisam escolher ou decidir por que podem ter tudo o que quiserem. Ao crescer não terão autonomia suficiente para dar o passo à frente, podendo se tornar procrastinadora ou perfeccionista por medo de errar, manter-se estagnada e com dificuldade para buscar por si mesma soluções para seus problemas, ter dificuldades de fazer escolhas sozinhas, querer ter sempre alguém por perto que lhe de direção, segurança, alimento, carinho, pois não aprendeu a fazer, ela mesma, por si e para si.

A falta

No caso da falta de nutrientes e da satisfação das necessidades básicas e de condições ambientais adequadas, desde o útero, a criança poderá desenvolver a sensação corporal e mental de rejeição, solidão, tristeza, incomodo, vazio, insatisfação, exigência do outro para que supra tudo o que quer e precisa. Nunca sendo o bastante aquilo que receber, querendo sempre mais e mais, como um saco sem fundo. Pode vir também a aceitar qualquer coisa, atitude ou pessoa que lhe pareça preencher suas faltas e vazios que ficaram marcados, e não aprendeu por si mesma a suprir. Depender é querer reter a fonte de apego por meio do autoengano, pois não é possível obter tudo do outro.

Vale ressaltar que é impossível ser completamente independente, A independência completa é uma utopia sempre precisamos de algo ou de alguém até mesmo quando estamos sozinho, como retrata o filme “Into de Wild” onde o solitário protagonista tenta provar que não precisa de nada , nem de ninguém além de si mesmo.

Autonomia sim é possível, saber se virar, executar, decidir, fazer escolhas por si próprio, aprender a realizar por si mesmo, individuar-se, crescer sem achar que o outro lhe deve para sempre.

Dependência emocional pode gerar inferioridade ou superioridade.

Pessoas dependentes podem vir a desenvolver um senso de serem inferiores as outras, devido a usa insatisfação constante por não terem tudo que acham que tem direito, sentirem-se vazias, fracas ou escassez de qualidades para se manterem, uma vez que para elas tudo está no outro e não nelas mesmas, criando assim uma falsa noção de que o outro lhe será sempre devedor.

Nos casos de dependência emocional a pessoa pode ainda deslocar sua falta para a busca não de pessoas que satisfaçam suas necessidades, mas em fatores externos como comida, bebida, drogas, sexo, jogo.

Também podem ter crescido ouvindo que eram muito especiais, melhores do que os outros e desenvolverem uma ideia de que são merecedoras e melhores podendo fazer o quer que seja, pois assim foram educadas.

Ainda podem desenvolver a ilusão de autossuficiência, ou personalidade narcisista, preenchendo o vazio consigo mesmo, desenvolvendo uma superioridade moral como forma de esconder ou negar a sua falta. E se tornam então dependentes de um outro o qual possam organizar a vida, dar palpites, dar conselhos, fazer críticas, desvalidar, como se o vazio estivesse no outro, ela se faz de maior e melhor para esconder o sentir-se diminuída,

O foco em si mesmo.

Tanto o sentimento de superioridade como o de inferioridade dizem respeito ao outro sobre a pessoa! No entanto isso não quer dizer que ela está focada no que o outro pensa sobre ela, mas antes em si mesma. O que quer dizer que o dependente emocional é em primeira instancia focado em si mesmo, em seu ego, em suas necessidades, mesmo que viva para o outro os ganhos são para si: admiração, reconhecimento... Porém vai deixando seus valores de lado.

Dependência de reconhecimento

Você está sempre preocupado se vão te julgar? Precisa estar sempre em evidência ,se não acha que perdeu o valor? Você joga fora o que você é, para viver a expectativa que o outro tem sobre você?

Quando surge

Em nossa bagagem genética já existe a necessidade de pertencer a um grupo para sobreviver. Os animais para serem aceitos num grupo, precisavam provar que sabiam executar as mesmas funções que os demais, fosse caçar, cuidar da cria, defender o bando, para permanecer na coletividade. Os que provavam ter aprendido a executar as tarefas, por meio de imitação de seus pares, eram então aceitos, reconhecidos e pertencentes ao grupo, desenvolvendo então suas funções.

No caso do ser humano ser humano, a necessidade de pertencimento é desenvolvida numa fase posterior aos primeiros anos de vida. Fase em que a criança já teve suas necessidades básicas para sobrevivência suprida, e faz entrada num mundo onde percebe que existe um outro além dela mesma e da mãe.

Deverá existir uma função paterna da qual precisará da validação de seus feitos, ações, atividades, sendo esse que a incentivará a sair do mundo materno de afeição e segurança e enfrentar o mundo de perigos, desafios, conquistas, no qual terá que se sentir apta como executora, pois de certa forma terá que fazer para ser reconhecida. Geralmente essa fase coincide com os primeiros anos escolares, onde produzirá, precisará fazer, leitura, escrita, contas, terá que enfrentar competições etc. e será avaliada por isso, seja com gestos, palavras de afirmação, premiações, e até notas formais. Assim as pessoas buscam reconhecimento porque querem gostar de si, por meio do referencial de um outro, ao qual ficou preso á atraz na infância. Se o outro me gosta então eu posso me gostar.

Na maioria das culturas, gerações viveram por séculos, numa verticalidade de relações sociais, sendo a função de suas vidas servir a uma hierarquia e pertencer a uma coletividade como forma de segurança. Essa função surgiu naturalmente, desde a constituição de uma comunidade animal, onde para sobreviver era necessário pertencer a um grupo maior, cada qual com suas tarefas. Certamente que a hierarquia e a pertença até hoje tem suas funções regulatórias e organizadoras de um sistema social, familiar, organizacional.

Para o ser humano esse processo é bem mais complexo, pois além da necessidade de pertencer a um grupo familiar e do reconhecimento dos pais para se sentir pertencente ele é dotado de subjetividades, as quais o fazem perceber que para pertencer é necessário ser reconhecido e para ser reconhecido é necessário aceitar estar sob os valores de uma sociedade vigente, de outro que não ele mesmo, muitas vezes deixando de lado a sua singularidade, sua autenticidade e seu amor próprio.

A sociedade atual guiada pela mídia consumista e formadora de opinião, dita muito além da necessidade de pertencer a comunidade por meio de valores humanos de evolução, dita padrões de aparência física, beleza, poder, status e mensura o ser reconhecido por quantidade de "likes" ou "seguidores" em redes sociais. Eis aí onde mora o perigo da perda de identidade autentica.

A educação baseada em recompensas e punições, fez com que as crianças fizessem apenas para receber elogios dos outros, com base nos valores morais do outro e não em ajudar a reconhecer seus próprios valores. Enfim,todo um sistema social reforçador do ter que fazer ou ser para o outro.

Ainda hoje a educação, como um grande outro, visa a disciplina, o bom comportamento, a produção, por meio de resultados acadêmicos e da competitividade, onde a recompensa é reconhecimento por conhecimento adquirido e não por valores manifestados.

A religião durante séculos esteve voltada a obediência a Deus ou deuses com a finalidade de servos não serem castigados, ou terem uma recompensa divina ou entrarem no reino dos céus. A pouco tempo essas noções vem sendo substituídas pela não vantagem a si mesmo, mas pela cooperação e evolução da espiritualidade.

A visão de carreira empresarial enfatizou durante décadas o vestir a camisa da empresa, e valor humano pelo poder adquirido, pela função hierárquica recebida. Colaboradores buscaram destacar-se ou competir pelo reconhecimento, estiveram a espera de validação de seu valor pelo reconhecimento de seus superiores sobre a sua produtividade, para serem considerados suficientemente bons. Vivemos durante séculos numa cultura ligada a visão do sistema sobre si e sobre sua produtividade e funcionalidade.

Nessa lógica cultural e social de pertencimento, de fazer para o outro, de dar para receber, de recompensa e punição pouco foi ensinado ou vivenciado sobre a horizontalidade das relações.

Na sociedade em que vivemos o senso de pertencer, parece ter esquecido as noções de fazer e ser parte de uma comunidade como contribuidor da evolução do caráter. Apesar das relações já serem mais holísticas, espontâneas e existirem subgrupos; inúmeras comunidades com suas próprias identidades; ainda as relações interpessoais estão relacionadas ao fazer para ganhar crédito, visibilidade, aprovação, status, gratificação imediata e recompensa.

A necessidade de reconhecimento ultrapassou os limites de pertencer a uma comunidade, visou a competitividade egoica para obter reconhecimento de si mesmo. Para se destacar mais do que o outro, ao invés de saber para si para contribuir com o outro. Houve a fragmentação do ser pessoa onde os próprios desejos, vontades, valores, virtudes foram perdendo a autenticidade e sendo forjados para atender demandas de outras pessoas, em troca de amor, de validação, de ser notado, ou de ser o melhor.

Muitos abrem mão de si para provar coisas aos outros. Deixam de comunicar ou expressar que sentem e pensam por medo de não serem aprovados ou admirados em sua própria essência. Tudo para evitar sentir-se rejeitado, rotulado como inábil ou incapaz. Assim quem rege suas vidas são os outros e não si mesmo, justificados por um passado de não satisfação das necessidades básicas. A medida do que é bom ou ruim nesse estilo de vida é critério de outra pessoa. Se você quer ser toda hora elogiado é porque você quer estar dentro dos padrões de avaliação dessa pessoa. Querer reconhecimento é o mesmo que perguntar-se em que medida eu satisfaço os desejos do outro.

Menos expectativas de corresponder e mais perspectivas de vida

Mas um novo mundo parece estar abrindo para uma nova visão de constituição do ser humano. Uma visão de horizontalidade, de conhecer a si mesmo, sem no entanto ficar autocentrado. Vem surgindo uma noção do trabalho e da ação como servir e não como um produto em si, vem ganhando cada vez mais espaço, nesse novo mundo que vem se constituindo.

Nas relações horizontais a função maior da pessoa, não é fazer para o reconhecimento e a pertença, mas primeiro ser, e então contribuir, colaborar como parte de um todo maior do que as individualidades, como parte de uma comunidade. A horizontalidade nas relações não visa o desmoronamento da hierarquia ou da ordem, mas valida o senso de valor humano, de coletividade, de cooperação, de respeito, sem a finalidade de ser admirado, reconhecido, ou ser o melhor.

Nesse tipo de relação, horizontal, não se foca nas necessidades do ego, ou de atendimento ao desejo dos outros sobre si, mas às necessidades de um grupo, do todo, do meio e o reconhecimento poderá ser uma mera consequência que virá naturalmente. Nessa relação faz-se a sua parte sem intenções subliminares de conquistar a simpatia, ganhar um cliente, alcançar um objetivo financeiro, obter recompensas, reconhecimento financeiro, ou de status mas faz–se em prol de prestar-se a ser o que se é, fazer e servir aquilo que tem de melhor sem necessidade de recíproca, sem esperar que o outro faça em troca, cobrando-o.

A que serve a dependência emocional

Tudo que somos serve a um propósito, seja de sobrevivência ou de evolução, Assim a dependência emocional também serve a um propósito mesmo que não aprente. Muitas vezes serve como justificativa para que a pessoa se mantenha em sua zona de conforto, ou de justificativa para não mudar. A final, muitas vezes é mais fácil o seguro, mesmo que ruim do que a incerteza e dúvida do que poderá existir de bom.

Assim a questão não é o que acontece, e de onde veio, mas a que esta situação serve para você e como você a resolve.

No livro “ A coragem de não agradar”, os filósofos Ichiro Kishmi e Fimtaki Koga, baseando-se na teleologia do psicólogo Adolf Adler, apresentam uma nova forma de viver a vida. Para eles a vida não está ligada apenas a causa e efeito, a etiologia, ou a origem determinista dos problemas, a qual relaciona os traumas nas fases de desenvolvimento biológico às estruturas de personalidade, aos traços de caráter e sintomas que permanecerão para sempre. Certamente essas origens tem base neurococientífica, no entanto se apoiar nesse determinismo pode não ser útil pois leva a vitimização frente ao passado, justificativas de suas desgraças pela rejeição, abandono, humilhação, não reconhecimento ou exclusão sofridos num contexto familiar ou social.

Adler afirma que “ nenhuma experiência é, em si, a causa de nosso sucesso ou fracasso. Somos nós que determinamos a nossa vida de acordo com o sentido que damos as experiências passadas. Nós não sofremos do choque de nossas experiências – o chamado trauma - mas, o transformamos em algo que atenda nossos próprios propósitos. A influência do trauma pode ser forte, mas o importante é que nada é determinado de fato por essas influências. Elas podem ser fortes, mas a escolha é você quem faz.. O importante não é aquilo com que nascemos, mas o que fazemos desse equipamento e para que"

Casos de dependência emocional

Existem pessoas que permanecem dependentes de emoções do passado, relacionamentos já terminados, mágoas, ressentimentos, lutos não elaborados pela dificuldade de irem em frente mesmo que sozinhas, mas como guerreiras e não como vítimas! “Eu não vou mudar, ele que tem que mudar, ele é o errado. Se eu mudar, vou vê-lo diferente, vou ver que ele não era tão mal, que não era o único responsável e aí não tenho mais desculpa pra ter que encarar a vida, as dificuldades sem me vitimizar”.

Manter-se na dependência de opiniões ou decisões de terceiros, para alguns, evita que façam suas próprias escolhas do que é melhor para si, ser solteiro ou casado, ter essa ou aquela profissão, cortar ou não o cabelo, ir ou não a tal lugar e arque com as responsabilidades de suas escolhas. Assim se algo der errado é culpa do outro e não minha. Essa terceirização esconde a falta de coragem de ousar seguir em frente e errar, esconde a vergonha de talvez não dar certo na primeira vez, oculta a autenticidade.

Muitas vezes o propósito inconsciente de uma pessoa que evita o contato social, é evitar a possibilidade, mesmo que mínima de rejeição, pois essa lhe dói mais que o próprio estar sozinho.

Sintomas físicos muitas vezes podem vir a ser “escolhidos” pelo próprio indivíduo com o propósito de se limitar, para que não precise encarar uma situação difícil ou para ter alguém que o cuide com a finalidade de não se sentir abandonado.

Não encontrar um emprego pode ser uma escolha e servir para a pessoa manter-se na dependência financeira de terceiros.

Naã fazer um concurso, pode esconder o medo da rejeição por não aprovação.

A escolha de justificar uma situação econômica e se manter na vitimização e culpabilização pode ter o propósito de se esconder de sua dificuldade de esforço, de determinação e de coragem ou o medo de tentar.

Decidir manter-se na casa dos pais após certa idade, pode estar em função do medo de encarar sua individuação e responsabilidade de uma nova fase de vida.

Carregar a "empresa da família" nas costas, sem assim desejar, pode servir ao pensamento de "assim é mais seguro para eu adquirir a admiração de meu pai, melhor eu não me arriscar aos meus sonhos e ideias de vida, pois podem não dar certo e serei criticado".

Não consertar o relacionamento com meu pai ou mãe, serve como desculpa para o fato de minha vida não andar bem.

Escolher o uso de drogas, o suicídio, a automutilação pode servir como vingança ao autoritarismo e a não valorização dos pais, assim envergonhando-os e culpando-os por sua dor de viver. "Assim me vingo dele sendo um fracassado".

Manter-se numa relação destrutiva, para esconder o desespero de sentir abandono, mas também a falta de coragem experienciar o próprio eu no mundo.

A explosão de emoções como raiva, pode servir a um fim de ser finalmente notado como forte, ativo, valentão enquanto na verdade esconde uma grande fragilidade ou tristeza.

Escolher criticar e procurar defeitos no seu chefe, talvez sirva ao propósito de justificar o fato de que você não quer expor seu ponto de vista e correr o risco de ser rejeitado, ou porque se queixando do outro evita ver seus próprios erros e incapacidades ou talvez tenha que produzir mais.

Escolher aceitar responsabilidades que não lhe cabem, se sobrecarregar de tarefas que não lhe pertencem, como cuidar de todos os doentes da família, viver a vida dos filhos ou dos próprios pais idosos , infantilizando-os, por que não consegue dar conta de seus próprios filhos. serve para agradar, ser admirado e tido como bom filho, bom samaritano enquanto que renuncia a responsabilidade de suas próprias escolhas de vida e de felicidade, devido ao medo de assumir a própria vida. Mas vale pensar o que pode acontecer se deixar de viver a vida do outro e passar a viver a sua.

A questão também não é ser egoísta, ou pensar apenas em si mesmo, inclinar-se a seus desejos e escravizar-se a seus próprios impulsos à vontade, mandando os outros "ao inferno" ou "não to nem aí" mas fazer suas escolhas baseado em quem você é ou quer se tornar.

A codependencia, ou seja a dependência de outro dependente também é uma forma de não viver a própria vida. Acreditar que pode fazer o cônjuge parar de beber ou vice- versa.

Pais que se acham capazes de sozinhos fazerem seus filhos pararem de usar drogas.

Filhos que querem mudar a forma de viver ou as escolhas de seus pais se aposentarem ou não, como se seus pais tivessem voltado a ser criança e perdido o direito de decidir a própria vida.

Os filhos que deixam seus filhos para cuidarem quase que exclusivamente de seus pais, e voltam para a posição de crianças perto dos pais e terceirizam a sua paternidade a outros cuidadores, pois não conseguem serem pais.

Irmãos que se intrometem na vida e familia de outro irmão.

Há muitas vezes os que fazem tudo pelo outro por se sentirem na culpa por ter demais ou por que o outro lhe cobra se sentindo no direito de ter o mesmo pois são da mesma família. Mas se conquistou foi porque lutou, teve sua história de vida.

Aqueles que se queixam amargamente do abandono (vc não me dá atenção, não está tão próximo) é ainda a criança que precisa da mãe e se sente abandonada em suas necessidades básicas, não compreendeu que a mãe deu na medida do que pode e pode sim ter faltado. Muitas vezes filhos de pais abusivos que hora dão muito e depois cobram o que deram, jogam na cara, ora muito carinhosos e bonzinhos e dali a pouco xingam, gritam, humilham podem ser aqueles que crescem exigindo a presença a atenção o amor do outro, aproximação do namorado que queria ou mais atenção do marido mas de repente quando consegue a aí se afasta e não quer por que aí teme ser machucada, xingada. Isso gera atração e repulsão. E aí dizem que não conseguem o parceiro certo. Quero tenho e aí sou machucada. Ou aguento tudo para não perder.

Mulheres que não conseguem engravidar por que ainda estão na dependência do amor materno que não tiveram e não conseguem desenvolver a maternagem.

São todos os que querem controlar os outros para não controlar as próprias vidas. Perderam a noção de fronteiras e limites e são também dependentes e escravos de sua ansiedade e necessidade de controle do externo.


Pandemia e Instabilidade emocional


A própria pandemia atual trouxe várias doenças emocionais, devido a necessidade de distanciamento social. A maioria dessa doenças ligadas a dependência, porque as pessoas não sabem mais lidar apenas consigo mesmas sem o parâmetro do outro.

Estão há muito acostumadas a s dependerem sempre da opinião, o parâmetro de comparação, do reconhecimento e da crítica do outro. Desde a comida que preparam, a roupa que vestem, as decisões que tomam sobre os filhos nos grupos de pais na frente da escola, os aplausos de reconhecimento do outro.

O outro está sempre presente para dizer ou ser referência para si e dizer se é bom ou ruim, se é aprovada ou não em suas decisões. As pessoas frequentavam lugares por esses receberem mais likes, mais votados em um ranking de opinião publica e não por suas próprias escolhas. Agora parece que estão sem referencias até do que gostam ou não e de quem são.

Têm que aprender a enfrentar e se haver consigo mesma e seus familiares, entre quatro paredes, se haver com a solidão, pois solidão é estar ausente de tudo e de todos dentro de si, é não ter vínculos ou afetos internalizados. É ter até pessoas ao seu redor porém não senti-las como parte de seu contexto de sua história, é estar desconectado espiritual e emocionalmente delas .

É preciso deixar de depender e aprender a solitude, estar só mas ter as pessoas que ama internalizadas dentro de si. É poder ficar consigo mesmo e aproveitar, ocupar esse momento com um filme, plantas, músicas, é sorver do que está disponível.

Ainda hoje muito se explica sobre origens, causas da dependência e do reconhecimento excessivos mas é importante falar do que fazer com isso que se tornou, e como fazer. Para a psicologia é necessário mudar a si mesmo e não aos outros, saiba como:

O que é preciso para deixar de ser dependente e seguir a própria vida

É necessário ir a busca de si mesmo, ter autoconhecimento e autodescoberta. É importante desenvolver a autoaceitação, conseguir se aceitar como é, olhando para suas limitações e dificuldades e buscando superá-las. Mas principalmente identificar suas forças de caráter, suas potencialidades e utiliza-las para alcançar seus objetivos. Não cobrar-se tanto mas validar o QUE CONSEGUE AGORA, e ir caminhando PASSO A PASSO.


Aos poucos também sair do auto interesse e ir para o interesse pessoal, relacional e de contribuição na coletividade. Só se consegue ter noção do seu valor quando contribui com alguém, sentindo-se útil, autônoma. Mas não como servir para ser gostado. É a própria sensação de gostar de si mesmo, de contribuir consigo mesma que lhe traz a noção de que pode contribuir com alguém. Mas pode paralelamente agir sem depender.


É preciso amadurecimento e coragem para se olhar.


Deixar de ser a criança que faz em busca da aprovação ou do reconhecimento infantil dos pais, como único meio de se sentir pertencente ou de valor. Acolher sua criança interior e dizer: agora eu cuido de você, seja o que você tem de mais belo eu como adulto te reconheço.


Quando nos tornamos adultos somos responsáveis por preencher os próprios vazios e nós mesmos darmos a nossa criança interior, o que os cuidadores ou pais , por seus motivos pessoais não foram capazes Transferir para as suas relações com os outros essa responsabilidade, é manter-se na posição infantil de menos valia, inferioridade, ou até mesmo no imaginário mágico de ser especial, merecedor e superior aos outros e não querer crescer , enfrentar dificuldades e desafios.

Compreender que ninguém te de deve nada. O mundo não te deve, seus pais não te devem, teus filhos não te devem nem a vida, nem o amor que você deu, nem a escola que você pagou. Você fez por sua função, vontade ou senso de convivência . Saia da postura de mendigar amor, reconhecimento, admiração. Cada um dá à medida que tem para dar. Não temos como exigir que sombreiros nos deem laranjas para fazermos uma laranjada. Poderíamos dizer que amar é dar a si e ao outro o direito de serem quem são e fazerem o melhor que podem.

É preciso buscar a autoconsciência e o autoconhecimento, ter noção do seu “self”, sua essência, seu valor próprio, investigar quem se é, o que se quer realmente e para que. É necessário parar de buscar desculpas no passado e optar por mudança e determinação se assim quiser ser livre.



Mais dicas para você se libertar da dependencia emocional:

Tenha CORAGEM e DETERMINAÇÃO para descobrir e conhecer quem você é de verdade, aceitar suas características próprias e limitações. Conheça seu papel no mundo. É necessário parar de buscar reconhecimento do outro e busque mais aceitação de si. Viver no aqui e agora, não no passado e nem no presente. "O destino não é feito pela lenda e sim pela espada."

Seja autêntico. Não vincule seu valor ou justifique seus problemas pelo passado, ou pelo senso de valores da outra pessoa, selecione o que serve para você. Respeite a sua própria história.

Faça suas próprias escolhas e assuma as consequências.


Você é o único que pode mudar a si mesmo, a qualquer momento, não importa o ambiente onde esteja. Você só se sente incapaz de mudar porque está tomando a decisão de não mudar.


Você não é o centro do mundo! Nem todos estão contra você, e se estiverem esse problema é deles e não seu. Permita ao outro não te reconhecer se ele não quiser. O que o outro fizer ou disser pertence e refere se a ele, ao que ele é, e não a você. Você não é responsável pelas escolhas ou atitudes opiniões dos outros, mas apenas pelas suas. Ou você vive sua vida escravizado?


A vida não se trata de você, mas de uma comunidade na qual você tem sua contribuição. Contribuir é ver a outra pessoa como companheiro, e não como rival ou inimigo. É ter confiança. Não se pode mudar fatos objetivos como altura por exemplo, mas a interpretação subjetiva desse fato sim.


A vida não se trata de uma competição, mas de uma colaboração. Quando você vive da competitividade, a luta pelo poder te impede de ser livre, te escraviza aos valores e desejos do outro.


O valor está em tentar evoluir com base no que somos agora, o parâmetro somos nós mesmos e não o outro, o passado ou o amanhã. Viva o hoje, dance o hoje! Faça o seu melhor a cada dia.


Admitir o erro não é derrota, não te faz mais fraco, te expande a mente. Se desapegue de seus complexos de inferioridade ou de superioridade.


Não viva para satisfazer as expectativas dos outros, isso pode ser frustrante. Mas primeiro você precisa identificar as suas e lutar pelo que quer sem se justificar.


Não seja o elogiador, que elogia em busca de ser gostado e aceito, seja o encorajador que observa e auxilia no processo de desenvolvimento da outra pessoa. Bajulação, elogios podem ser considerados como julgamentos de valor com base nos referenciais pessoais da pessoa que te elogia e não nos seus. Se você age para recebe-los os seus próprios valores estão pautados na vida do outro? Ou você elogia para conseguir o que quer, como uma forma de manipulação?


Seja grato. Elogiar é manipulação para você ganhar simpatia, gratidão é você validar e mostrar o valor do outro, reconhecer a colaboração dele e o que ele tem de prestatividade e virtude maior.


Separe as tarefas, problemas, deveres e direitos que são seus e os que são das outras pessoas. Não queira resolver o que é tarefa de vida da outra pessoa. A forma como a pessoa reage às suas expectativas é tarefa dela e não sua.


Não existe garantia nas relações, a confiança deve ser gratuita, e cada um oferece o que é capaz de dar conforme o que é.


Partir para um pensamento evoluído, ampliação a consciência para a espiritualidade, você não está só na escuridão. Você tem acesso a luz, você é luz.


· Busque se conhecer e as suas próprias faltas e vazios. Busque se amar do jeito que você é, e não apenas por suas qualidades. Só você pode se dar o que precisa a medida que precisa e com o tempo evoluir.

· Se você tem a mania de consultar os outros sobre tudo se de o direito de errar. Se você erra você aprende, você cresce.

· Não se justifique, lamente ou torture pelos traumas do passado, se trate com respeito e amor, só você pode mudar o seu destino.

· Comece tomando decisões simples e vá ousando, aos poucos, outras decisões.

· Busque autonomia, emancipação social e afetiva, aos poucos você desenvolverá por si mesmo capacidades de enfrentamento.

· Tenha paciência com você mesmo.

· Ser independente é praticamente não depender de nada, de ninguém e isso é praticamente impossível porém ser autônomo é ter a capacidade de decidir, de fazer as próprias escolhas.

· Controle seu medo de estar só, estar só pode te ajudar a entra em contato com aquilo que você tem de melhor. Faça uma lista do que você gosta e sabe fazer, esses são seus talentos, coloque-os em prática.

· Saia do imediatismo de satisfazer seus desejos, necessidades, realizar seus projetos. Coloque metas.

· Se de o direito de dar a si mesmo o que gosta, em pequenas porções, evitando o excesso, de tempos em tempos, como uma forma de benefício por uma conquista de autonomia ou de decisão própria e não por merecimento. Merecer todos merecem.

· Transcenda sua própria individualidade, seu ego. Busque a individuação, separe-se da simbiose com o outro, mas não esqueça o senso de comunidade, o amor, o respeito ao próximo.

· Acredite que você é parte de um projeto universal, transcendental e NÃO apenas local ou mundano. De um sentido para sua vida, tenha um propósito. Reinvente-se. (Baseado no livro “Amar ou depender” - Walter Riso)


· Tome as suas fragilidades para si, aceite as, mas não se acostume com elas.



· Tome a responsabilidade pela própria vida.


· Não dependa de ações do externo, do que você quer que aconteça e não depende de você. Quanto do que você quer depende de você e quanto depende do outro. Se a sua reciprocidade não acontecer a culpa não é sua.


· Não mude na esperança de mudar o outro. Ainda que eu mude, sou só eu que mudo.

Não sei nem posso controlar que resultado isso vai causar no outro e não posso participar desse aspecto. As contingencias e consequências da minha mudança podem ou não ser a mudança do outro, mas isso cabe a ele ao momento de vida dele e não ao meu.


· Saiba que 90 por cento dos coisas ruins são a aquelas que você não vai poder controlar ou mudar e não vai mudar a vida do outro.


· A cobrança do que está fora de você é inútil. Não adianta você cobrar o pai que nunca paga a pensão, o filho que nunca estuda. Nenhuma força é capaz de fazer o outro fazer o que quer que ele faa ou que você gostaria ou precisasse. Só traz estresse e briga


· Não tem como recetar a vida e começar do zero, apenas continue com mais experiência, conhecimento, maturidade para não cair nas mesmas armadilhas.


· Pergunte-se Quanto do que você quer depende de você. Quanto depende do outro.


· Tome as suas fragilidades para si, aceite as, mas não se acostume com elas. Tome a responsabilidade pela própria vida. Não dependa de ações do externo, do que você quer que aconteça e não depende de você. Quanto do que você quer depende de você e quanto depende do outro. Se a sua reciprocidade não acontecer a culpa não é sua.


· Pergunte-se e aja: O que te faz feliz. O que você feliz faz. O que você faz para ser feliz. O que você faz te faz feliz.

Referências:

A Coragem de não agradar – Ichiro Kishmi e Fimtaki Koga

A arte da Imperfeição - Brené Brown.

Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes - Stephen Covey

O poder da Ação – Paulo Vieira

Poder e Alta Performance – Paulo Vieira

Dimas Ferreira

A jornada do herói – Joseph Campbell

Fernando Freitas

Para saber assistir o IGVT @renatadepaula_trainer ou para leitura do assunto na íntegra acesse kpotier.wix.com/psico ou dicas nas páginas @karla.neuropsicologa/instagram ou @karlabenthienpotier/facebook

3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page