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  • Foto do escritorKarla Fabiana Benthien Potier - Psicóloga

Despertando para o aprendizado

Atualizado: 24 de mai. de 2020

A aprendizagem está baseada não apenas em uma capacidade inata evolutiva, mas nas experiências oportunizadas pelo meio em que a pessoa cresce e vive e principalmente pelos seus modelos parentais.


Existem varias teorias sobre a aprendizagem, cada uma com sua validade científica e valor humano. Segundo Jean Piaget a criança passa por períodos cronológicos e biológicos de desenvolvimento: sensorial, operatório, concreto e formal, quando então absorve, acomoda, desacomoda, assimila, reelabora e apreende num percurso linear. Para Vygotsky ela aprende construindo por meio de suas experiencias sociais, nas relações com seus pares e com os adultos. De acordo com Henry Wallon por meio de progressos e regressos continuos onde o estabelecimento de vínculo afetivo do aprendente tem papel fundamental. O vínculo afetivo e o apego também são ressaltados por Winnico. Para Alexander Lowing a criança se desenvolve de acordo com suas experiências energeticas intra uterina até o término da infância. Para Freud se constituí pelos traumas, faltas ou fixxações em cada uma das fases de desenvolviemnto infantil até a puberdade, se tornando mais do que individuo um sujeito de seus desejos, impulsos de vida, de prazer ou de morte. Para Young por seus esquemas adaptativos e modelos de enfrentamento aprendidos. Para Lesak por meio de um processador de informações cerebral e de funções executivas organizadas ao longo da vida.


Enfim, uma extensa diversidade de teorias , cada qual trazendo uma importante contribuição.


Assim, de acordo com alguns desses conceitos seguem algumas orientaçõess práticas que podem ajudar no aprendizado da criança:

· Identifique o que mais a criança gosta nela mesma, no meio em que vive e em você! O que ela admira em você, a afeição, o para que aprender (significado) e o ambiente é o que a motivarão a aprender.


· Solicite ajuda da criança para pequenas tarefas. Contribua para que ela se sinta prestativa. Crianças adoram sentirem-se capazes admiradas, aprovadas, úteis e reconhecidas.


· Acompanhe a realização das tarefas (de casa ou escolar), servindo de reforçador ou de ego auxiliar ao seu processo de aprender, mas faça com comentários imediatos e úteis para garantir um prosseguimento adequado.


. Permita que ela mesma perceba se falta algo a ser completado, ou refeito mas não deixe para corrigir a criança só depois que já tiver terminado tudo, para nção sistematizar o processo errado. Oportunize-a a errar mas ajude-a a conseguir acertar também.


· No caso de ansiedade, irritação, permitir que a criança saia do ambiente em questão, com um acompanhante, respire fundo por alguns minutos, tome água, vá ao banheiro e retorne dentro de alguns instantes quando tiver mais calma. Isso ajuda a oxigenar o cérebro e focar no que é prioritário.


· No caso de agitação motora permitir que manuseie um objeto macio para descarregar a tensão ao invés de morder os lápis, unhas ou outros.


.Ditado ou cópia não desenvolvem o aprendizado apenas a repetição sem sentido, a exaustão e o desinteresse em construir por si mesma um conteúdo.


· Pergunte ao seu pequeno se sente-se bem naquele lugar onde senta na sala de aula, onde gostaria de sentar ou estar e o porquê.


· Oriente a criança a auto monitorar-se nas tarefas colaborativas da vida diária, pois é onde ela coloca tudo que aprende no ambiente formal em prática. "O que devo fazer, o que estou fazendo, como, quando, onde, está dando certo?"


· Peça a criança que releia enunciados, tarefas e produções escritas, reconte filmes e fatos. Peça que ela ensine a você do jeitinho dela o que aprendeu.


· Observe e avalie sempre o nível de desenvolvimento real da criança, sem pegadinhas. Somente após constatar que a criança compreendeu o conteúdo básico, o procedimento, dê-lhe desafios.


· Leia livros com a criança, deixando sempre um capítulo para o dia seguinte, o que incentiva a expectativa e o desejo de saber mais.


· Use atividades de vida diária, recursos diversos, para contextualizar o aprendizado de matemática, língua portuguesa, história. Criem gráficos, tabelas, poesia ou música com os acontecimentos.


· Troque um pouco o vídeo game, as séries de tevê conhecidas por biografias, documentários, o watts e youtubers por museus, visitas a orfanatos ou asilos. Troque o quarto fechado por andar de bike, meditação, piquenique, pular corda, jogos de tabuleiro, fazer teatro, culinária, pipoca chácaras, feiras, pesque pague...

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